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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Palocci diz "Não há crise no Governo,só uma questão em relação a mim"


O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou nesta sexta-feira ao Jornal Nacional que sua empresa de consultoria, a Projeto, não atuou com contratos públicos. "A empresa jamais atuou junto a órgãos públicos diretamente ou representado empresas privadas junto a órgãos públicos", afirmou. Palocci, no entanto, se negou a dar os nomes de seus clientes. "Eu acho que não tenho direitos de fazer revelações de terceiros", disse. Essa foi a primeira entrevista do ministro depois de mais de 15 dias de silêncio sobre a reportagem do jornal Folha de S.Paulo que afirma que o patrimônio do petista cresceu 20 vezes entre 2006 e 2010.

Acusado pela oposição de enriquecimento ilícito e tráfico de influência, o ministro negou usar seus conhecimentos e contatos no governo federal em benefício de sua empresa. "O que eu fazia era uma consultoria para empresas privadas. Se a empresa tinha uma necessidade junto a um órgão público, ela tinha lá seu departamento ou a sua prestação de serviços para isso. Eu não fazia isso porque isso a lei não me permitia e eu tinha perfeita clareza do que a lei permitia ou não permitia", afirmou.

O ministro reafirmou que não fornecerá os nomes das empresas com as quais trabalhou. "Semana passada, uma empresa admitiu que teve contratos comigo e deputados da oposição foram imediatamente apresentar acusação grave contra essa empresa, que teria conseguido restituição de impostos, em tempo recorde, por minha intermediação. Veja a gravidade da afirmação", disse, lembrando que em seguida a Receita Federal divulgou que a devolução do imposto da WTorre foi por determinação judicial.

Na entrevista, Palocci disse que atuou em setores de indústria, serviços financeiros, mercado de capitais, bancos e empresas. "É um conjunto de empresas que pouco tem a ver com obras públicas. São empresas que vivem da iniciativa privada e que consideram útil o fato de eu ter sido ministro da fazenda, de ter acumulado uma experiência na área econômica. Depois que eu deixei o ministério, fiquei quatro meses respeitando a quarenta e só depois disso passei a prestar serviço de consultoria", disse. O ministro reafirmou que emitiu notas, recolheu impostos e que as informações foram prestadas à Receita Federal.

"Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas. Aí, como eu te provo isso? Tem que existir boa fé nas pessoas. Por isso que a lei diz que quando há uma acusação, que é legítima haver, ela deve vir acompanhada de indícios ou de provas ou no mínimo de indícios", afirmou.

Crise

Ao telejornal, Palocci negou haver uma crise no governo Dilma Rousseff após a publicação da reportagem. "Não há uma crise no governo. Há uma questão em relação à minha pessoa. Eu prefiro encarar assim e assumir plenamente a responsabilidade que eu tenho nesse momento de prestar as informações aos órgãos competentes e dar as minhas explicações".

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