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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ex-detento do Pereirão em Caicó mata ex-comparsa de Valdetário Carneiro em Alcaçuz



Vítima

O detento Antônio Maia dos Santos, o “Baiano” ou “Mainha”, foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (28) dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. O assassino é o também detento Humberto Alves Saldanha, o “Galego de Antenor”, este chegou a ser preso por policiais de Caicó. O crime ocorreu por volta das 13h50 quando os apenados estavam na enfermaria da penitenciária.

Segundo o coordenador da Administração Penitenciária (Coape), José Olímpio da Silva, informou que todos os detentos participam de uma campanha de vacinação dentro da unidade e foi nesse momento que “Galego de Antenor” se aproveitou para cometer o crime. “Ele saiu da enfermaria logo atirando contra o ‘Baiano’, que não teve reação”, disse.

Após matar o detento, “Galego de Antenor” foi surpreendido pelos agentes penitenciários e houve uma troca de tiros dentro da penitenciária. “Ele foi ferido e socorrido ao hospital”, declarou o coordenador. José Olímpio informou que a arma usada no crime foi um revólver calibre 38 com numeração raspada. “Se repete a história de uma arma entrar aqui dentro do presídio”, lamentou.

O titular da Coape ressaltou que uma sindicância interna além do conselho administrativo será instarurado para apurar de que maneira a arma chegou às mãos do detento. Já o acusado do crime, “Galego de Antenor”, será autuado em flagrante pelo homicídio.

Vítima e acusado já respondiam por homicídios no Oeste

De acordo com informações obtidas,“Galego de Antenor” trabalhava para Antônio Veras, que teve o irmão Vicente de Paula Veras Neto e o ajudante Erimar Bezerra Alves, crime ocorrido em maio de 2003.

Além disso, “baianinho” chegou a integrar a quadrilha do assaltante Valdetário Carneiro.”Baianinho” chegou a ser transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró em fevereiro do ano passado, mas voltou a Alcaçuz em agosto.

Baiano era condenado a 29 anos de Prisão:

Em novembro de 2008, o assaltante e homicida Antônio Maia dos Santos, o “Baianinho”, foi condenado a 29 anos de prisão. Baianinho, que era considerado um dos criminosos mais perigosos do Rio Grande do Norte e era um dos principais aliados do assaltante José Valdetário Benevides, o Valdetário Carneiro – morto em confronto com a polícia em Lucrécia. Ele foi condenado pelo assassinato do panificador Júlio Cezar da Nóbrega Martins Veras e por ter tentado matar outra pessoa.

O júri popular foi iniciado às 8h daquele dia e a sentença só foi lida à 1h da sexta-feira (28). O irmão de Baianinho, Antônio Nicolau, o “Neném”. Pegou pena de 12 anos e três meses pelo crime.

Júlio Cezar da Nóbrega Martins Veras foi morto a tiros no dia 4 de agosto de 2003, entre as cidades de Caraúbas e Campo Grande.

Os dois acusados chegaram ao Fórum Desembargador Silveira Martins às 7h50, em duas viaturas do sistema penitenciário, escoltadas por policiais do Grupo Tático de Combate (GTC) da Polícia Militar. Duas ruas que ficam por trás do prédio do fórum foram isoladas até o fim do julgamento.

Baianinho chegou algemado pelos pés e mãos. Neném estava algemado apenas pelas mãos. Os dois entraram em silêncio no fórum e tiveram as algemas retiradas assim que o julgamento teve início.

Familiares do panificador Cezar Veras acompanharam todo o julgamento. O irmão dele e ex-prefeito de Campo Grande, Antônio Veras, chegou cedo, acompanhado de seguranças particulares.

Baianinho confessou que no dia do crime estava em um carro tipo Gol, acompanhado do irmão, Neném, e do pistoleiro José Roberto Santos Nogueira, o “Chico Orelha” (morto em novembro de 2004 pela polícia, em Baraúna). No carro, eles guardavam três pistolas 9mm e .40, além de um fuzil calibre 556. Esse último havia sido emprestado por José Valdetário Carneiro a Chico Orelha.

Os três seguiam viagem com destino à Paraíba, quando pararam à margem da estrada que liga Caraúbas a Campo Grande e viram Cezar e o primo Francisco Martins Veras passarem em um carro. “Aí eu mandei meu irmão acelerar o carro pra chegar perto deles, aí vi quando Francisco puxou uma espingarda 12 do carro e começou a atirar. Aí eu e Chico Orelha atirou de volta. Foi isso”, disse.

Na frente dos jurados, ele voltou a afirmar que a briga com a família Veras começou depois do seqüestro de seu cunhado, Neto de Antônio Arruda. O crime, segundo o réu, teria sido feito por Cezar Veras, Neto de Valdomiro e outros comparsas. “Depois disso eu liguei pra Iran Veras (primo da vítima) e pedi que eles entregassem ao menos o corpo do meu cunhado. Aí eu disse que se eles não fizesse isso eu mataria uma pessoa da família Veras”, contou.

Depois da morte, ele e o irmão fugiram com destino à Bahia e Pará, onde foram presos.

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